Desde a década de 1970, o treinamento médico tem sua importância relatada na literatura. Na última década, com o aumento da preocupação com o bem-estar do paciente e a fim de minimizar os impactos gerados por outros mecanismos de treinamento, destaca-se a oportunidade de inovar nos métodos educacionais, garantindo que estudantes possam obter a prática necessária em um ambiente simulado.
O treinamento baseado em simulação é um importante aliado no aprendizado profissional, ampliando as possibilidades de interação com procedimentos cirúrgicos ou clínicos. Por vezes, são utilizados modelos cadavéricos e/ou animais com o intuito de imitar propriedades específicas do tecido humano. No entanto, devido à evolução na engenharia de materiais, atualmente existe uma grande quantidade de simuladores clínicos produzidos a partir de materiais simuladores do tecido humano. Com esses materiais são produzidos manequins, muitas vezes chamados de phantoms como referência a um paciente “fantasma”, que reproduzem a morfologia e algumas propriedades do tecido humano de maneira realística.
Segundo Kirz (1986) e Kunkler (2006), a simulação médica é uma metodologia didática e segura, que permite executar procedimentos minimamente invasivos cada vez mais complexos, repetidamente, para que os estudantes possam praticar técnicas, pelo tempo que for necessário. Como os simuladores oferecem uma ampla variedade de cenários clínicos, altamente seguros, padronizados e realistas, eles permitem coordenar possíveis complicações dos pacientes e acessar de modo mais abrangente informações que aprimorem suas habilidades técnicas. Isso aumenta a eficácia do procedimento e o controle de tempo dedicado ao treinamento, promovendo uma experiência educacional valiosa. Por sua vez, o paciente será beneficiado por ter um profissional melhor preparado, minimizando as possibilidades de complicações ao longo dos procedimentos.
Outros benefícios relacionados ao uso de simuladores no treinamento médico estão relacionados com a rapidez com que o aprendiz consegue concluir um procedimento, a lenta deterioração dos equipamentos e a redução de complicações e erros. Atualmente, muitas associações médicas consideram o uso da simulação na capacitação e certificação dos profissionais de saúde como uma ferramenta útil na avaliação da aprendizagem e do aperfeiçoamento na execução de diversas práticas.
Em 2016, em Londres, foi realizada a simulação de um grave incidente de descarrilamento em uma estação de metrô, uma usina elétrica desativada, entre outros locais. Equipes de emergência, envolvendo bombeiros, policiais e ambulâncias participaram do maior exercício de treinamento em desastres da Europa. Os responsáveis descreveram a simulação como uma chance de praticar habilidades do grupo e servir como preparação para certas ocasiões, ou melhor, “uma experiência que não se pode obter em um livro”.
Assim como a equipe de profissionais na Europa, nossos médicos brasileiros, bem treinados e capacitados ao longo de sua formação profissional, estão garantindo assistência ampla nessa pandemia do Covid-19. Esteja seguro e confiante em situações de emergência. Aprenda, pratique e aprimore suas habilidades com a Gphantom.
Fontes:
Kirz, H. L. (1986). Costs and benefits of medical student training to a health maintenance organization. JAMA, 256(6), 734-739.
Kunkler, K. (2006). The role of medical simulation: an overview. The International Journal of Medical Robotics and Computer Assisted Surgery, 2(3), 203-210.
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